Durante o Quattrocento (século XV) o Renascimento espalha-se pela península itálica, atingindo seu auge. Neste período atuam Masaccio, Mantegna, Botticelli, Leonardo da Vinci, Rafael e, no seu final, Michelangelo (que já prenuncia certos ideais anti-clássicos utilizando-se da linguagem clássica, o que caracteriza o Maneirismo, a etapa final do Renascimento). Os três últimos são considerados o "trio sagrado" da Renascença. Características gerais: inspiração greco-romana (paganismo e línguas clássicas), racionalismo, experimentalismo. |
No cinquecento, o renascimento torna-se no século XVI um movimento universal europeu, tendo, no entanto, iniciado sua decadência. Ocorrem as primeiras manifestações maneiristas e a Contra Reforma instaura o Barroco como estilo oficial da Igreja Católica. Na literatura atuaram Ludovico Ariosto, Torquato Tasso e Nicolau Maquiavel. Já na pintura, continuam se destacando Rafael e Michelangelo. |
Curiosidades sobre a Escola de Atenas. Nessa obra pintada por Rafael em 1509, em uma sala do Palácio do Vaticano, encomendada pelo Papa Júlio II, diversos filósofos gregos e não-gregos de diferentes épocas, além de vários cientistas, estão entretidos em animada conversação. Rafael representou, de forma idealizada e do ponto de vista renascentista, as mais importantes figuras da filosofia e da ciência do Mundo Greco-Romano. Platão e Aristóteles, os dois filósofos gregos que mais influenciaram o pensamento ocidental, ocupam o centro do afresco e dominam toda a cena. Platão, representado pela figura de Leonardo da Vinci, aponta para o céu com a mão direita, gesto que representa a "teoria das formas" (verdade inteligível - Pensamento). Ele segura sua obra Timaeus. Aristóteles, discípulo dileto de Platão, gesticula também com a mão em direção à terra, o que representa a "percepção pelos sentidos" (verdade sensitiva), base de sua concreta teoria do conhecimento. Ele segura seu livro Ética. Sócrates é representado à esquerda, vestido de verde, argumentando para um grupo. Diante dele, da esquerda para a direita, observamos: Xenofonte de Atenas, com uniforme militar; Ésquines e Alcibíades, que segundo um dos diálogos de Platão, O Banquete, estava apaixonado pelo mestre. Hipátia de Alexandria, a filósofa neoplatônica, está vestida de branco, logo abaixo do grupo de Sócrates. Próxima a ela está o pré-socrático Parmênides de Eléia, que olha para trás. Heráclito de Éfeso era avesso ao convívio social, por isso é mostrado isolado, sentado na escadaria onde pensa e escreve. O rosto de Heráclito é representado, na verdade, pelo rosto de Michelangelo. Euclides, que era matemático, é representado inclinando-se sobre uma lousa com um compasso na mão, demonstrando um de seus teoremas a um grupo de discípulos. Seu rosto é baseado no rosto de Donato Bramante. Rafael também se pintou no afresco. Ele está à direita, quase fora de vista, com chapéu preto, olhando diretamente para quem observa a pintura. Ele está ao lado de seu amigo Sodoma.
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Leonardo da Vinci (1452-1519), pintor, escultor, arquiteto e cientista, perseguiu o objetivo de atingir a verdade através de experiências. Por esse motivo, encarava a obra de arte como um exercício, que era muitas vezes abandonado ao se definir uma solução. Dentre suas pinturas destacam-se A Santa Ceia, A Virgem dos Rochedos e A Gioconda (Mona Lisa). |
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